Órbita
Olhava e ria, pousava em teu ombro e você nem percebia.
Soprava ao teu ouvido a poesia mais bonita…você se distraia e nem me ouvia
Quando olho pra você, é impossivel lhe ver…pois sinto o mundo rodar a
minha volta…
Mas quem gira sou eu, em cadente espiral, e a gravidade me traz ao seu
redor…
e a cada volta você vem, trazendo cor as manhãs, pra ao fim do dia apagar,
enquanto eu giro
Preso a sua órbita…
Olhava e ria, lhe assistia ao sol, surgindo, nas manhãs que aquecia…
tão tímido vazava em amarelo a harmonia, da moldura que o redor lhe
oferecia…
Olhava e ria, fingia não saber que era você quem mais sabia,
de cada passo meu, pois bem sabia que eu seguia…o te polén que ao espaço
coloria…