Os Velhinhos do Canavial




Com o seu povo na terra, Deus está sempre a falar
Isto é uma realidade, que ninguém pode negar
Ele fala em profecia, ou como bem desejar
Prova que isto é verdade, é esta realidade
Que agora eu vou relatar

Esta história não é um conto, é um fato real. É um exemplo de que Deus continua falando com seu povo, através do maravilhoso dom de profecias
Havia um casal de velhinhos, que há muito tempo congregava num de nossas igrejas, numa pequena cidade do interior
Próximo daquela cidade, havia uma fazenda com uma grande plantação de cana
O fazendeiro era um homem cruel, e odiava a obra de Deus
Quando descobria entre os seus trabalhadores, uma pessoa crente, mandava o capataz dar uma surra e expulsar da fazenda
E naquela igreja abençoada, onde os velhinhos congregavam. Certa noite quando o culto terminava, uma irmã se aproximou dos velhinhos, e transmitiu-lhes a palavra do Senhor
Dizendo que eles seriam os instrumentos, para levar a sua palavra, ao cruel fazendeiro
Os velhinhos não queriam aceitar, pois, conheciam a fama do fazendeiro, e o seu ódio pelos crentes
Mas Deus, lhes garantiu que seria com eles. Assim, deixaram tudo o que tinham, aos cuidados dos filhos, e foram fazer a vontade do Senhor

Lá na sede da fazenda quando o velhinho chegou
A procura de trabalho o fazendeiro falou
Não estou pra brincadeira tenho mais em que pensar
Eu quero ficar tranquilo, não sou dono de asilo, para de velhos cuidar

O velhinho persistente, ao fazendeiro falou
Estou velho, na verdade, o meu tempo já passou
Mas tem sempre alguma coisa, que um velho pode fazer
Não precisa dar dinheiro, posso ser seu jardineiro, em troca do que comer

Naquele coração duro, Deus começou trabalhar
E o fazendeiro malvado, deixou o velho ficar
Ordenou ao empregado, pegue este velho casal
Ponha naquele ranchinho, lá na beira do caminho, perto do canavial

Lá no ranchinho da beira do canavial, o casal de velhinhos ficou morando
E passava a maior parte do tempo, orando e louvando a Deus
Certo dia, o capataz ouviu a oração dos velhinhos, e foi contar ao fazendeiro
Que ao saber que eram crentes, ficou furioso. E ordenou ao capataz, que desse um fim nos velhinhos
Já era noite, o capataz não perdeu tempo, pegou sua arma de fogo, e foi em direção ao ranchinho
Os velhinhos oravam. E quando o capataz colocou o cano da arma pela fresta do ranchinho, e já ia atirar, o ranchinho pegou fogo
Ele desistiu de atirar, mas, querendo se aparecer, foi dizer ao fazendeiro que ele havia posto fogo no ranchinho
Mas quando o fazendeiro olhou, o fogo já havia se espalhado por todo o canavial, que ainda não estava maduro para queimar
E as labaredas, eram tão altas, que pareciam lamber as estrelas
Completamente irritado, o fazendeiro despediu o capataz, e deu-lhe o prazo de até o amanhecer do dia, para deixar a fazenda
O capataz muito triste, passou a noite em claro, e com isso ficou observando o fogo, que cada vez se alastrava mais. E perto do amanhecer o fogo se apagou

Antes do romper do dia, ele pôs-se a caminhar
Na estrada do ranchinho, ele tinha que passar
Ainda estava escuro, mas pôde observar
O canavial orvalhado, o rancho em perfeito estado, e os velhinhos a orar

O capataz, não entendeu o que estava acontecendo
Correu de volta para a sede da fazenda, e contou ao fazendeiro, o que acabara de ver
Mesmo sem querer acreditar, o fazendeiro foi com o capataz, até o canavial
Seu coração batia atemorizado ao ver cada pé de cana, mais verde e mais bonito do que dia anterior
E quando viu que o ranchinho ainda estava em pé, e ouviu que os velhinhos estavam dentro orando
Seu coração amoleceu, chamou os velhinhos para fora, e perguntou se eles não tinham visto, o fogo no canavial
Os velhinhos lhe disseram, que o único fogo que eles tinham sentido, era o fogo do Espírito Santo
Que encheu a alma deles de alegria, a ponto de passarem a noite inteira, se alegrando, na presença do Senhor

O fazendeiro arrependido, quis a Jesus se entregar
Fez uma casa bonita, deu pros velhinhos morar
Na fazenda em pouco tempo, uma igreja edificou
E o velhinho obediente, ali foi o dirigente, até que o Senhor o levou