Fé
2022, rap legítimo
Gedson no beat, ‘O outro lado do medo
Tudo que quis eu fiz, tudo que fiz eu sou
Eles não sabem um triz é, porque não presenciou
Não viu a mãe infeliz, a miséria ali sem filtro
O irmão irreconhecível, o que as selfies não registram
Falam bosta como se soubessem
Suas razões, passado, motivos
Quero te dizer que se foda o que pensa
Sobre como penso, e o que vivo
Foda-se seu conservadorismo
Julgamento com fundamento raso
Cês chegaram com o quê, com quanto, cadê?
Enfia essa língua no rabo!
Não tinha dinheiro nem conhecimento
Sem respeito, sem computador
Só veneno, mil questionamento
Perdido, sozinho, peito cheio de rancor
Quantos Km na sola, mochila, sacola, a Yara no colo
Na marquise temendo perder o último buzo
Rezando, pra chuva passar logo
Pai de família aos 18, com a dignidade ferida
Guiado pela mágoa ofensa
O vazio das descrenças
E o amor da minha filha
Desde do adeus aos 14
Dono do próprio destino
Educado pela rua e os «amigo»
Cercado de droga e bandido
Tudo que a senhora passou
Ei de honrar, (-Aqui!), hei de honrar
Serei o espelho do homem que desejo
Ver minha filha casar
Perdoa o papai não é perfeito
Ele erra também mas
Por vocês faço coisas grandiosas
E terríveis também
Não deixa a saudade fazer
Quem tá te esperando entender
Que sinônimo de vencer
Não é dinheiro e poder
Mas conseguir ser tudo que sempre quis ser
Seja aquilo tudo que seu filho vê em você
Fé, fé, fé