Mundo Mágico dos Anônimos
Sem glamour pra não confundir o príncipe e o sábio…
e as notas que fazem sorrir… não não… Só o necessário.
Pra que a ilusão das rosas não enterrem o Reinaldo
que esqueceu dos espinhos e acreditou no abraço.
Quantos, as grades à base da saudade doutrinou…
Com a liberdade que sempre teve mas nunca deu valor.
Aqui vi homem chorar, perdido, sem vaidade, irmão…
Só pedindo força pra seguir e conforto pro coração.
O baguio é louco memo e vários de alegre tão nas pista,
com as peças pesada em cima, sonhando em ser terrorista…
Que nem eu um dia com os parceiro das antigas,
maquinando fita pra catar e lançar uns pano, ó as brisa…
Matador de policia com os paiaço tatuado,
mais conhecido que Al Capone pelos verme da tático.
Aqui é mato, infelizmente em vários me vejo, é quente…
Há 15 anos atrás, com o mesmo intuito na mente.
No apetite pra catar os fuzil dentro do distrito,
trazer o city do delegado pra nois tá no giro…
Sei como é moleque, também viajei nos Nike,
sonhando com a mobilete, sem ter nem uma bike…
Complexo de inferioridade não é afrodisíaco pras fêmeas,
os flash não vem dos livro vem dos artigo que ostenta…
Na carência de paz e pátria no epicentro do abandono,
eis a filosofia no mundo mágico dos anônimos.
Entre disparos e rezas só com o que nos resta,
o odor das flores não trazem lembrança de festas…
Onde a racionalidade que define o mal e o bem,
é matar e se matar pelos plaquê de 100.
E o que restou dos sonhos pras noites em claro, sem sono…
Entender que o que compra a cama não paga o descanso.
Não deixa os veneno do cárcere, as lágrimas mostrar
o verdadeiro sentido das nave, dos pano de marca…
Ela não vai se desfazer do tênis, do perfume preferido
quando a bala do PM arranca seu sorriso…
Não tem preço o beijo, um abraço de um filho de manhã,
num barraco de pau, alagado ou na beira do córrego, foda-se…
No recanto das viúvas ouço o clamor dos órfãos…
Enquanto as rosas perfumam a cova dos nossos mortos…
Enquanto lágrimas apagam o que restou de você…
Faz entender que a saudade é pior que esquecer…
É tio… e com meus velhos tristes fatos vou.
Tentando entender o sentido da vida, sentido da paixão, do amor…
O sentido divino do medo, dos traumas, de uma angústia esquecida…
A descrição das lágrimas no rosto de uma criança, sem justiça…
Confuso entre oportunos, astutos, covardes, religião…
Onde a revolução pode até ser um crime,
mas o crime não é revolução, não…
Conheço a dor de enterrar um irmão… De morrer de desânimo…
O mundo também me ensinou a não acreditar nos meus sonhos!
E outra vez as brisa não saúdam conquistas, não…
Neutraliza saudades pra tentar superar depressão.
E do velho point onde nois tanto riu na zueira…
Só restou lembrança das ideias e poeiras.
Porra, lembra da banca que batia ponto na quadra?
Quem não tá morto, tá preso ou foragido da quebrada…
Mudam as formas, geração, as arma, mas não a expressão cansada
de quem ficou pra contar a história familiar frustrada…
Por que não foi suficiente a cicatriz das bala,
os dias imóvel de fralda, debilitado na maca
com os gambé da escolta torcendo pra morrer…
Os oito de ponta e só a coroa visitando você.
Não casou e deram netos como ela sonhou,
mas fez chorar se perguntando «onde eu errei, senhor?»
Com o quarto ainda do mesmo jeito que ele deixou,
pra tentar manter viva a presença já que nunca mais voltou…
Mano, seu abraço é tudo que ela quer…
Sem Lacoste, Oakley na cara, mizuno dos novo no pé…
Poder te esperar com mulher e filho no domingo,
a ligação que tranquiliza “as crianças tão dormindo»,
e quando chega a hora do caixão descer sem vida,
que a fisionomia descreva ‘paz, missão cumprida…’ truta,
se o sol te deu outro dia, faz diferente…
Antes que só restem flores pra dar de presente!
No recanto das viúvas ouço o clamor dos órfãos…
Enquanto as rosas perfumam a cova dos nossos mortos…
Enquanto lágrimas apagam o que restou de você…
Faz entender que a saudade é pior que esquecer…