Sobre a Falência Dos Ideais




Vozes da minha cabeça entre si conflitam
Sequei mais uma e nem é duas da madruga ainda
Loucura, as coisa muda e num avisa
Paro e penso, até parece que já vivi várias vida

O resumo é solitude, desregrada rotina
Pensamentos, manuscritos, livros, garrafas vazia, não
Não é tão normal assim pra quem não tinha
Posto uma gota de álcool na boca antes dos 30

É quente, nada demais nem contra sem ofensa
Foi por respeito a minha mãe e sua crença
Todos precisam de ajuda, todos tem problemas
Comigo não foi diferente, entenda

A diferença é que há tempos sou eu e meus demônio
Literalmente não há ninguém pra me puxar do poço
Entende, a morte é certa, o mundo é impiedoso
Então, ter quem faça tudo por você pode ser perigoso

Espero sempre o pior de tudo, habitual
Mal necessário, satisfaz meu inferno pessoal
Minha natureza selvagem discordante dual
Certo é que sempre o imaginável é pior que o real

Eu sei quando o pesadelo é tá acordado
Cansei de procurar entre os escombros significado
Se estou resgatando alguém não sei
Sei que não consigo ajudar ninguém se não tô bem

Só tô tentando sair da bolha
Convivendo com os demônios das próprias escolhas
Somos nossas escolhas
Esse quarto apertado é um templo, ai na boa

Podem mandar o que quiser, pode vir testar
Minha honra nem a morte vai ser capaz de tirar
Quem tentou me prejudicar eu nunca vou perdoar
Vai ser preciso um pouco mais pra me fazer chorar

Essa porra é uma terapia tá ligado
Escrevo quando a vida se torna intolerável
Resumo tudo e não passa de um profundo desabafo
Eu sou forte eu sei, sou forte pra caralho

Talvez só passo pro papel o que eu queria escutar
Você é maior que tudo isso irmão, pode pá
Às vezes é preciso lembrar
Antes que o cansaço consiga te convence parar